quarta-feira, 30 de março de 2011

Início da proposta 2 (parte 1)

Dentro dos 3 heterónimos, escolhemos começar por Álvaro de Campos. A obra deste transmite-nos, sobretudo, força, violência, sensação de movimento e muito progressismo.
Para representar a sua parte, resolvemos dispor as letras em forma de roldanas - associadas a movimentos industriais, uma das fortes componentes de Campos.

As nossas experiências começaram por três partes isoladas do texto, trabalhando no Photoshop:



Conclusão da proposta 1

Recolha fotográfica...






Memória Descritiva

Finalmente, podemos apresentar a nossa proposta final!
Houve uma altura em que estivemos um bocado perdidos porque não sabíamos como levar a nossa ideia avante. Mas,focamo-nos na essência da nossa ideia e acabamos por ter um resultado.
O que decidimos no início passava por jogar com pontos, linhas e cores (com destaque para o preto e o branco). Queriamos utilizar a minimização, ou seja, sintetizar ao máximo a imagem, mas sempre de forma perceptível.
Optamos por realizar esta proposta através de meios manuais, ou seja, sem ajuda de programas informáticos. Desta forma, necessitamos de cartolinas, tesoura, marcadores, compasso, régua e recolhemos algumas imagens de revistas (e uma ou outra através da internet, a única altura onde utilizamos o computador).
A letra da nossa música enfatizava a ideia do tempo e da não existência de segundas oportunidades porque o “tempo” não pára. Enfatizava a ideia dos sonhos que nem sempre se concretizam e como ficamos tão desiludidos quando isso acontece.
Esta ideia tinha de ser transmitida através de duas formas base: o círculo e o quadrado.


Círculo

Desenhamos dois círculos em cartolina preta e branca, respectivamente. A preta tinha de ter, obrigatoriamente 11,5 cm de diâmetro e a parte branca, à nossa escolha, teve 10,5 cm de diâmetro. A diferença de 1 cm representou a “borda” do nosso relógio. O “tempo”, com muita importância na música escolhida, era um factor essencial e consideramos que o relógio era uma das imagens mais representativas. Os ponteiros do relógio, desenhados com marcador preto (linhas) indicavam as três horas, como referência a “three times to regard”, um verso da nossa música. Dentro do relógio, através de linhas, desenhamos uma árvore. Esta árvore continha “frutos” coloridos (marcador rosa, azul e amarelo) representativos dos nossos sonhos. Mas, à medida que descíamos do topo para o tronco e para o chão, esses pontos adquiriram uma coloração mais escura (azul escuro e preto), representando os sonhos que não concretizados que caem por terra. Na borda do nosso relógio, a preto, escolhemos quatro imagens: os olhos de um bebé, lábios, um pai com o filho e o olho de uma senhora idosa. Estas quatro imagens são simbólicas e não têm uma ligação directa com a imagem. As imagens foram colocadas ao longo do relógio, como forma de indicar um ciclo sempre em acção. Desta forma, queríamos deixar patente a ideia de que o “tempo” não pára e tudo continua, por isso, não existem segundas oportunidades.

Quadrado

No quadrado, a ideia a representar era a mesma. E, assim, optamos por representar exactamente o mesmo relógio. No entanto, e aproveitando a forma do quadrado de 12 cm, escolhemos algumas imagens que cobriram o quadrado preto. Basicamente, aquele ciclo simbólico da vida, teve especial relevância nesta forma. Nã existem segundas oportunidades e tudo continua. As imagens escolhidas foram a do bébé, crianças, lábios, alianças, maternidade, pai e filho, olhos de uma senhora idosa e céu.



A proposta 1 está, assim, concluída.

Tipograficamente falando II

E como exemplos...












(alguns exemplos de fontes serifadas e não serifadas)






terça-feira, 29 de março de 2011

Tipograficamente falando I

Falamos por imagens, muitas vezes. Pretendemos que elas transmitam determinadas mensagens. E quando as imagens falam por nós? E quando o que falamos é, na verdade a imagem? A tipografia passa um pouco por aí.

O mais curioso disto tudo é a evolução da letra, a simples unidade da escrita como a conhecemos. É óbvio que já muito antes deles se usava a escrita, palavras e tudo o demais relacionado. Mas com eles, as coisas passaram a ser um pouco diferentes. Eles? Sim, os Gregos. Com o seu alfabeto, inspiraram o posterior alfabeto latino. A própria palavra alfabeto deriva das duas primeiras letras que o compõem: alfa, a primeira letra, correspondente ao A latino e beta, a segunda letra, e que encontra semelhança no B. Dentro destes, existia a diferenciação entre maiúsculas e minúsculas (Αα e Ββ, respectivamente). Muitas outras letras gregas têm congéneres latinas: Gamma (Γ/γ; C ou G), Delta (Δ/δ; D) e Lambda (Λ/λ; L) são disso exemplo. Outras, como o Xi (Ξ/ξ) ou o Omega (Ω/ω) acabam por não ter correspondência directa. Ao longo do tempo, a letra foi-se adaptando, e já na era do alfabeto latino, as serifas surgem como forma de distinção, efectivamente dando origem aos tipos de letra, comumente conhecidos como fontes. As fontes serifadas passaram a proliferar. Disso é exemplo a fonte Times New Roman, que contrasta com a Calibri, por exemplo, pela forma como são demarcados os seus limites - através de "patilhas". O uso destas fontes é diverso: a fonte serifada pode ser usada para passar uma imagem de seriedade, enquanto que a não serifada um aspecto mais jovial. E com isto chega-se à tipografia. Com letras, formar uma composição.

terça-feira, 15 de março de 2011

Continuação da proposta 1

É pessoal. Não é difícil de perceber. É a música que decidimos usar.
Porquê? Porque os sentimentos são a sua base. Por um lado, mesmo que pouco explícito, o arrependimento. Sim, porque me arrependi de pensar que as coisas podiam mudar. Por outro, e bem explícito, está o descontentamento, mais pelo fim da calma. E não só... Segundas oportunidades são para quem as merece - QUEM? - e faz por merecer. Tantos motivos, poucas razões.

Em que podemos resumir a música? Quais as palavras principais?
A ideia contida nas palavras "second", repetida sempre antes de "chance". A questão do tempo, "time", "three times to regard" e "six years". O factor "mundo" - "how to change my world", que funciona como um "eu". E, a par da importância de "second chance", surge o mundo dos sonhos, "reveries". Tudo isto forma "You Never Know".

Como representar isto? Povoar a representação com elementos? Sintetizar ao máximo?

A música acaba por seguir um ritmo muito coeso, com poucas variações. Muito no género pop-dance. Originalmente seria rock. Então... porque não um contraste, tão simples quanto um cenário de preto & branco? Porque não simplificar para passar a ideia? Decidido. Minimização, foste a escolhida. Pontos, linhas e variações de cor. Nada mais.



Provavelmente algo como na imagem. Provavelmente algo distorcido, algo que suscite a dúvida e a reflexão, algo que leve a pensar, no fundo, "isto aconteceu, isto é real, alguém passou por isto".

Alguém foi vítima do "tempo". E o "tempo" não dá segundas oportunidades, nem que olhemos para ele três vezes.

Está decidido. É isto. Indecisão e falta de imaginação, "it's time for you to know that second chance has vanished long ago".

Continua.