Falamos por imagens, muitas vezes. Pretendemos que elas transmitam determinadas mensagens. E quando as imagens falam por nós? E quando o que falamos é, na verdade a imagem? A tipografia passa um pouco por aí.
O mais curioso disto tudo é a evolução da letra, a simples unidade da escrita como a conhecemos. É óbvio que já muito antes deles se usava a escrita, palavras e tudo o demais relacionado. Mas com eles, as coisas passaram a ser um pouco diferentes. Eles? Sim, os Gregos. Com o seu alfabeto, inspiraram o posterior alfabeto latino. A própria palavra alfabeto deriva das duas primeiras letras que o compõem: alfa, a primeira letra, correspondente ao A latino e beta, a segunda letra, e que encontra semelhança no B. Dentro destes, existia a diferenciação entre maiúsculas e minúsculas (Αα e Ββ, respectivamente). Muitas outras letras gregas têm congéneres latinas: Gamma (Γ/γ; C ou G), Delta (Δ/δ; D) e Lambda (Λ/λ; L) são disso exemplo. Outras, como o Xi (Ξ/ξ) ou o Omega (Ω/ω) acabam por não ter correspondência directa. Ao longo do tempo, a letra foi-se adaptando, e já na era do alfabeto latino, as serifas surgem como forma de distinção, efectivamente dando origem aos tipos de letra, comumente conhecidos como fontes. As fontes serifadas passaram a proliferar. Disso é exemplo a fonte Times New Roman, que contrasta com a Calibri, por exemplo, pela forma como são demarcados os seus limites - através de "patilhas". O uso destas fontes é diverso: a fonte serifada pode ser usada para passar uma imagem de seriedade, enquanto que a não serifada um aspecto mais jovial. E com isto chega-se à tipografia. Com letras, formar uma composição.
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